Em Roraima há 30 casos suspeitos da doença, seis em investigação e uma morte confirmada
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta quinta-feira (8), após participar de reunião do Comitê Cadeia Produtiva da Saúde
(ComSaude), na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), que, apesar dos 30 casos suspeitos de sarampo em Roraima, seis em
investigação e uma morte confirmada, a doença está sob controle no país desde 2016, e não há risco de que a doença, que já está
erradicada no país, volte a se espalhar.
Ele reforçou que o Ministério da Saúde determinou a vacinação de 400 mil pessoas para bloquear a possibilidade do sarampo retornar.
“Há dois anos declaramos a eliminação do sarampo no Brasil e agora estamos com esses casos importados da Venezuela. A situação
não é preocupante porque está sob controle e as medidas estão tomadas. Todos os casos identificados são importados da Venezuela e
não há nenhum autóctone do Brasil”.
Com relação ao não alcance da meta de vacinação contra a febre amarela, Barros avaliou que como todos os anos as pessoas correm
para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para a vacinação assim que começam as primeiras notícias e depois percebem que o risco é
relativo e deixam de fazer a vacinação. “Nós vamos manter a vacinação, os estados estão prorrogando as campanhas e vamos buscar
alcançar os 95% de cobertura nas áreas que foram recomendadas pelos estados e nos municípios que estão em campanha. Vamos
estender a campanha para alcançar o objetivo”.
O ministro falou ainda sobre a informatização das Unidades Básicas de Saúde e lembrou que já são 18 mil unidades contando com o
prontuário eletrônico e que faltam 24 mil para aderirem ao sistema. De acordo com ele, não é uma meta tão distante, na medida em que
no ano passado 10 mil unidades foram informatizadas. A ideia é fazer o dobro este ano para que ter 100% de informatização.
“Já temos 25 empresas cadastradas, algumas já fizeram provas de conceito e espero nos próximos dias autorizar que as prefeituras
comecem a contratar essas empresas para o início do trabalho de informatização. A informatização já existe em vários municípios em
níveis diferenciados, muitos com sistema completo como queremos. Isso tem apresentado economia na faixa de 30% em medicamentos
e insumos. Eu espero que nosso programa se mantenha porque é muito rápido as empresas instalarem o sistema. Em três, quatro
meses o sistema já está instalado”.
Quando questionado sobre a dificuldade de alguns pacientes em obter remédios importados, o ministro disse que as compras desses
medicamentos, que são regulares, já foram abertas, mas nesse período começou a haver judicialização dessas compras. “Empresas
concorrentes para o fornecimento do medicamento estão na Justiça disputando esses contratos. Isso nos tira o controle do tempo das
compras.
Compras iniciadas em novembro ainda não foram concluídas por falta da emissão da licença de importação pela Anvisa [Agência
Nacional de Vigilância Sanitária]. Estamos discutindo esse modelo e espero que possamos avançar”.
Com relação ao repasse de recursos para os estados e municípios, Barros esclareceu que esse é um dos grandes avanços de sua
gestão, já que foi feita uma simplificação do processo, que antes contava com vários tipos de repasses e uma conta e recurso específico
para cada tipo.
Fonte: A TRIBUNA
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